Eu nunca gostei muuuito de Coldplay. Pra mim é uma daquelas bandas que a gente escuta uma música às vezes, acha legalzinha, mas não se interessa muito em saber o que faz ou o que toca. Mas, depois desse mês longe de tudo, uma música deles passou a fazer meu coração acelerar quando ouço.
Sabe quando você se apaixona por alguém e vocês têm uma música especial, que te faz lembrar da pessoa toda vez que toca e dá uma sensação boa, uma mistura de saudade, com ansiedade, com alegria, com uma pitadinha de melancolia se vocês não estão perto? Então, Viva la vida passou a ser essa música pra mim.
Resolvi escrever isso hoje porque é meu último dia de "férias" aqui. Vou voltar pra Capitarrr. Então é um bom momento pra me declarar. Como já falei, não há muito o que se fazer aqui no interior. A maioria dos meus amigos não moram aqui e os que moram foram viajar, ou então eu perdi o contato mesmo. Então, o que me restava fazer era ler (o que fiz muito), assistir filmes (podia ter feito mais) e... assistir novela. Passei a acompanhar A Favorita. E era entre as brigas, tramas, complôs e dilemas de Flora e Donatela que eu podia ver as cenas que mais me deixavam animada.
Explico: quando vim pra cá há pouco mais de um mês, porque meu pai teve um problema de saúde, estava um pouco desiludida com São Paulo. A cidade é muito feroz, exige muito de quem decide enfrentá-la e acaba fazendo muita gente perder a noção do que é respeito, do que é humanidade, do que é gentileza e de todas essas coisas que fazem a gente tratar as pessoas como iguais a nós e como gostariamos de ser tratados. Um acaba vendo o outro como uma coisa, que pode usar e descartar. O pior é que como a gente vê isso acontecer muito acaba às vezes entrando no jogo, mesmo sem perceber. E eu já estava quase convencida de que isso não era pra mim, de que eu não ia conseguir conviver com isso. Tá, é que o ano de 2008 não foi muito legal pra mim. E eu queria desistir.
Mas aí, assistindo a novela, que se passa em São Paulo, eu via aquelas cenas que são tipo um clipezinho pra fazer transição de lugares ou mostrar o tempo passando (anoitecendo e amanhecendo), que era sempre um panorama da cidade, cheia de prédios, antenas, carros no trânsito e alguns lugares conhecidos, como o centro. E a música que acompanhava era sempre Viva la vida, do Coldplay.
Toda vez que essas cenas apareciam eu lembrava da cidade que eu sempre disse que amava, e me dava um frio na barriga. Pode parecer exagero, mas é verdade. E eu lembrava dos meus amigos e imaginava o que eles estariam fazendo na hora, lembrava das vezes que eu saia sozinha e ficava observando as pessoas, dos carros e ônibus passando cheios de gente desconhecida olhando pela janela, cada um com uma vida diferente mas completamente igual, e de como eu gosto de sentir que estou no lugar onde as coisas estão acontecendo a todo momento, mesmo que eu não saiba o que e nem onde. Coisas boas e ruins que fazem São Paulo ser uma cidade tão apaixonante e tão detestável ao mesmo tempo. Agora eu sei que, mesmo tudo não sendo sempre um mar de rosas, o lado apaixonante é mais forte pra mim. E eu estou muito feliz por poder voltar.
Resolvi escrever isso hoje porque é meu último dia de "férias" aqui. Vou voltar pra Capitarrr. Então é um bom momento pra me declarar. Como já falei, não há muito o que se fazer aqui no interior. A maioria dos meus amigos não moram aqui e os que moram foram viajar, ou então eu perdi o contato mesmo. Então, o que me restava fazer era ler (o que fiz muito), assistir filmes (podia ter feito mais) e... assistir novela. Passei a acompanhar A Favorita. E era entre as brigas, tramas, complôs e dilemas de Flora e Donatela que eu podia ver as cenas que mais me deixavam animada.
Explico: quando vim pra cá há pouco mais de um mês, porque meu pai teve um problema de saúde, estava um pouco desiludida com São Paulo. A cidade é muito feroz, exige muito de quem decide enfrentá-la e acaba fazendo muita gente perder a noção do que é respeito, do que é humanidade, do que é gentileza e de todas essas coisas que fazem a gente tratar as pessoas como iguais a nós e como gostariamos de ser tratados. Um acaba vendo o outro como uma coisa, que pode usar e descartar. O pior é que como a gente vê isso acontecer muito acaba às vezes entrando no jogo, mesmo sem perceber. E eu já estava quase convencida de que isso não era pra mim, de que eu não ia conseguir conviver com isso. Tá, é que o ano de 2008 não foi muito legal pra mim. E eu queria desistir.
Mas aí, assistindo a novela, que se passa em São Paulo, eu via aquelas cenas que são tipo um clipezinho pra fazer transição de lugares ou mostrar o tempo passando (anoitecendo e amanhecendo), que era sempre um panorama da cidade, cheia de prédios, antenas, carros no trânsito e alguns lugares conhecidos, como o centro. E a música que acompanhava era sempre Viva la vida, do Coldplay.
Toda vez que essas cenas apareciam eu lembrava da cidade que eu sempre disse que amava, e me dava um frio na barriga. Pode parecer exagero, mas é verdade. E eu lembrava dos meus amigos e imaginava o que eles estariam fazendo na hora, lembrava das vezes que eu saia sozinha e ficava observando as pessoas, dos carros e ônibus passando cheios de gente desconhecida olhando pela janela, cada um com uma vida diferente mas completamente igual, e de como eu gosto de sentir que estou no lugar onde as coisas estão acontecendo a todo momento, mesmo que eu não saiba o que e nem onde. Coisas boas e ruins que fazem São Paulo ser uma cidade tão apaixonante e tão detestável ao mesmo tempo. Agora eu sei que, mesmo tudo não sendo sempre um mar de rosas, o lado apaixonante é mais forte pra mim. E eu estou muito feliz por poder voltar.