sexta-feira, 27 de março de 2009

E, no fim...

eu não fui...

Coisas para melhorar

* Ser mais atenta
* Ser mais rigida
* Descobrir uma nova forma de organização

quinta-feira, 26 de março de 2009

Ah!

E quero agradecer ao meu personal organizator de carreira. Você conseguiu me dar um ânimo extra. 
Hoje, no meio da tarde, parei por uns minutos e olhei pra redação. Me senti como quando era adolescente e, antes das aulas de volei no clube, tinha que dar umas mil voltas na quadra correndo. Eu nunca tive perfil de esportista. Sempre chegava uma hora na corrida em que eu não aguentava mais. Sentia falta de ar, dores, tontura. Mas pensava: falta só mais um pouquinho. Algumas vezes desisti. 
Mas hoje, quando meus pensamentos não estavam mais fazendo sentido e as letras estavam embaralhadas na tela do computador, lembrei de tudo o que você me falou e consegui ter um gás a mais pra terminar o dia.

O que realmente importa

Tenho trabalhado bastante. Como eu já disse aqui, adoro meu trabalho. Mas ele tem uma particularidade que quase não se vê hoje em dia e que, por um lado, é ótima, mas em alguns momentos é bem ruim, como foi nessa semana. Na empresa em que trabalho, o horário de expediente é cronometrado em minutos e segundos. A gente entra às 8h30 e sai às 17h54, em ponto. Não é permitido ficar depois desse horário. Isso significa que as milhares de coisas que eu tenho que fazer têm que ser feitas nesse intervalo de tempo. Nem um minuto a mais. O bom é que eu, teoricamente, posso ter uma vida social, pois não fico até tarde trabalhando. O ruim é que às vezes não dá para fazer tudo, mesmo trabalhando sem parar, e eu tenho que ir embora deixando coisas sem terminar, o que me angustia.
Como o volume de trabalho, a responsabilidade e a pressão são muito grandes, tenho chegado em casa acabada. Sem forças pra nada. Esse é um dos motivos pelos quais eu tenho postado pouco. Outro motivo é que, desde que mudei de casa, não tenho mais computador. Uso o do meu irmão quando ele não chega em casa cedo. 
Eu trabalho com moda e preciso saber o que acontece por aí. Todo o meu tempo livre, tenho usado pra ler revistas sobre o assunto e pesquisar. Por isso, tenho deixado de fazer outras coisas que amo. Não tenho tido ânimo nem energia pra ir ao teatro, ir ao cinema, ler sobre outros assuntos, principalmente cultura, e nem mesmo pra encontrar os meus amigos, de quem gosto tanto. Minha última balada foi no hospital, acompanhando a Rafa, que ficou doente.
Hoje, eu trouxe uns textos pra editar e escrever em casa. Trouxe, para ler, algumas revistas de moda e uns livros sobre beleza (mais especificamente, sobre cabelos!). Sentei na frente do computador e resolvi, antes de começar atrabalhar, fazer uma coisa que não fazia há tempos. Entrei no blog do Domingos de Oliveira.
Voltando algumas horas, hoje a tarde o João me mandou um texto do Paulo Roberto Pires, também do blog, em que ele fala sobre o Genius. Aqui vai um trechinho, que cita Giorgio Agamben, filósofo italiano, num texto (do livro “Profanações”):
"O Genius é paradoxal. Ele só existe relacionado a nós e à nossa personalidade, mas só se manifesta quando nos “perdemos” de nossa identidade. Quando, diz ele, nos emocionamos profundamente temos um momento de “perda” (de referências, de segurança) – e aí encontramos o Genius, o que nos anima de forma mais fundamental e profunda.
O Genius, prossegue Agamben, é aquilo que em nós faz exigências pouco racionais mas fundamentais, tais como, por exemplo, um caderninho específico para escrever, a escolha de canetas, papéis coloridos, etc. Uns diriam “capricho”, outros obedecem cegamente ao seu Genius – mesmo sem saber que estão fazendo isso. Não ouvir e atender o Genius é negligenciar, em nós, o que talvez tenhamos de melhor: a capacidade de criar o novo, inventar.  Como diria a Marguerite Duras aí em baixo: uma coisa é escrever, outra é publicar livros. Esta última é mais fácil; a primeira, só alimentado este deus caprichoso."
E aí eu chego em casa e leio o Domingos escrevendo apaixonadamente, com seus setenta e poucos anos, sobre seu primeiro contato com o amor, a morte e a arte:
"O encontro com a Arte e a Cultura deveu-se ao pai dela [a primeira mulher dele], seu Álvaro. Ele gostava muito de mim. Foi o primeiro a perceber exaltadamente o meu artista. Na minha casa de origem não se liam livros. Nem se ouvia música. Foi seu Álvaro que botou nas minhas mãos Nietzsche, Dostoievski, Beethoven, Bach, Scarlatti, Van Gogh, Rafael, Picasso, Charles Chaplin, e Alan René. Ele foi o primeiro que me disse “Seu poema é bom. Mas o copidesque do seu poema é muito melhor.” Esse homem, que eu amava loucamente, morreu muito cedo. Um ano depois do meu casamento. De uma doença estranha e feroz chamada botulismo, uma coisa que aparece nas vacas. Sofri aos berros, aos uivos, quando ele morreu. Era meu primeiro contato com a Morte. Completando o quadro da Cultura, havia também a mulher dele, dona Lucy. Neta de um famoso caudilho do Sul, ou seja, gente fina de verdade. Aristocracia rural. Quando ela apareceu, meus amigos e eu transferimos imediatamente toda a nossa paixão para ela. Era uma deusa. Linda, parecia Vivian Leght, de “O Vento Levou”. Lembrava Grega Garbo e adorava as cenas de sexo de “Hiroxima, Mon Amour”. Enfim, uma mulher divina, pairando acima do bem e do mal. Defensora discreta do hedonismo. Envolta constantemente numa onda de classe e beleza. Para mim, que vinha de uma família burguesa onde era preciso tampar os ouvidos antes do almoço tal a gritaria, aquilo era o paraíso. A perfeição do paraíso."
E depois sobre a arte:
"Cultura é uma coisa extremamente importante. Magnamente importante. Mas é apenas o trem, a Arte é a locomotiva. São os verdadeiros artistas que devem ser apoiados, descentralizadamente, é claro. Estamos num país pobre. Não é necessário fazer uma Arte medíocre, é preciso fazer uma grande Arte. E os poderes constituídos não chegam nunca lá. Não tem tempo para saber onde está o ouro. Aquilo que justifica a atividade, a Arte. Cultura é uma palavra muito ligada à educação. Mas é a Arte que modifica as pessoas e o caminho humano. A Arte é a meta."
Adorei isso: é a arte que modifica as pessoas. Realmente, pra mim a arte é o que é capaz de tocar a gente de forma profunda, mas delicada ao mesmo tempo, de fazer a gente pensar, ou repensar, sem ser impositiva. Quando eu entrevistei a dramaturga Silvia Gomez, ela disse que pra ela o teatro era o lugar pra fazer perguntas, pra fazer as pessoas pensarem, e pra compartilhar os sentimentos e emoções.
Num dos posts anteriores, sobre degustar a vida, escrevi que às vezes a gente liga o piloto automático e deixa as coisas acontecerem, a vida ir passando, sem aproveitar, sem saborear os momentos. E acho que eu ando assim ultimamente. Se tem algo que eu não suporto é ter que ficar presa a uma coisa só. É não ver novidades, não respirar outros ares. É ficar bitolada. 
Estou precisando fazer mais perguntas, compartilhar emoções, ouvir outros pontos de vista, trocar ideias, me sentir estimulada. Não no trabalho, mas fora dele. Estou me sentindo alienada do mundo. Preciso ouvir o meu Genius e preciso que ele me dê forças pra sair dessa inércia...

terça-feira, 24 de março de 2009

Auf Auchse

Bizarrices que me fazem rir...

1 - A matéria na Nova que começa mais ou menos assim: A estudante fulana de tal viciou suas amigas em cocaina. Ela vendia drogas para comprar bolsas e roupas de grife. No texto perguntam se ela usava drogas e ela diz que o pior erro que um traficante pode cometer é consumir seu estoque.

2 - A Rafa me contando que a Becky Bloom comprou um carrinho para superfícies rochosas para trilhas, uma mamadeira Dior e um estetoscópio pro filho que está esperando. Quero muito ler esse livro! (O chá de bebê de Becky Bloom)

Preciso de um homem...

Que tenha uma furadeira pra instalar uma prateleira no meu quarto no final de semana. Alguém?

Onde estão as pessoas...

quando a gente mais precisa delas?