sábado, 17 de janeiro de 2009

Nada é o que parece

E nos dias como hoje eu fico lembrando de como aqueles dois formavam um casal sofisticado. Tinham um alto senso estético e sabiam apreciar as coisas boas da vida. Pareciam flutuar entre as banalidades do mundo. Mas eram muito um para o outro. Precisavam de um contra-ponto prático para equilibrar a relação. E encontraram, fora dali.

Coisas inesperadas que podem acontecer numa tarde de sábado

Ser pedida em casamento por um tunisiano que me achou no Facebook e acabou de me adicionar no msn. Treinar o inglês conversando com ele sobre amor, traição, petróleo, samba e Paulo Coelho. Prometer aulas de português em troca de aulas de francês. Planejar juntos viagens pelo mundo, já que ele trabalha com turismo, e marcar a passagem pra África pra daqui a duas semanas. Rá!

Som e cor

Eu tinha colocado essa música aqui numa daquelas fitinhas do Mixwit, mas o site deixou de existir e as fitinhas lindas que eu fiz desapareceram.
Ela me lembra coisas boas e eu ouço sempre, então aqui vai de novo, na versão YouTube, com um clipe cheio de cores.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Não acreditei!

Esses dias a Nicole, que eu não conhecia, passou por aqui, disse que gostou do blog e falou pra eu entrar no dela. É um blog bem bacana sobre moda, comportamento, arte, etc chamado Moose. Hoje eu entrei lá e vi num post uma outra ótima notícia sobre um filme que vai estreiar. Um filme que não tem nada a ver com o do Domingos de Oliveira, mas que eu já queria assistir há uns três anos, quando ele nem tinha começado a ser feito ainda.
Tudo começou quando a minha amiga Carol me emprestou um livro, grosso, de capa rosa com um monte de sacolas desenhadas, chamado Delírios de Consumo de Becky Bloom. Na época, eu trabalhava do lado do shopping Villa-Lobos e costumava deixar todo o meu salário nas lojas de lá. As vendedoras sabiam meu nome, me ligavam quando chegavam peças novas que elas achavam parecidas comigo e quando tinha troca de coleção eu já marcava no catálogo as peças que queria pra elas me avisarem quando chegasse. Era uma falida, mas muito bem vestida.
E quando eu conheci a Becky Bloom me identifiquei de cara com ela. É uma jornalista inglesa de uns vinte e poucos anos que trabalha em uma revista de finanças, dando conselhos de economia pessoal para pessoas que querem ter uma vida financeira equilibrada. Mas ela é uma compradora compulsiva que não pode ver uma liquidação e acha que todas as suas loucuras consumistas são ótimos investimentos. Vive completamente endividada e sofre com a situação, mas não resiste a um sapato novo. Ela acaba se metendo em situações engraçadíssimas, fugindo do gerente do banco, entrando em saia-justa no trabalho, tentando achar jeitos mirabolantes pra pagar o cartão de crédito.
Depois ainda vieram
Becky Bloom - Delírios de consumo na 5ª Avenida, As listas de casamento de Becky Bloom, A irmã de Becky Bloom e O bebê de Becky Bloom (esse último eu não li).
E finalmente o filme vai estreiar, acho que em abril.
Tá meio longe ainda, mas eu já sei que vou na estréia e sei que vou com aminha amiga Rafa! Essas histórias eram muito a nossa cara!
Imagino que o filme deva ser no estilo de O diário de Brigdet Jones, que eu não gostei nada. Mas acho que é porque eu nunca fui gorda.
A definição que ela dá no começo do trailler de como se sente quando vê uma loja é ótima! E ela criança olhando pro sapato na vitrine e falando dos cartões mágicos também!




Sabe aquela história...

de dar um pirulito pra criança e falar "Abre, mas só dá uma lambida. Guarda o resto pra depois do almoço."
Então.

Uma ótima notícia!

Amanhã é a estréia em São Paulo de um filme que eu estava esperando muito, o Juventude, do Domingos de Oliveira. Sou fã desse homem, ele sabe das coisas. Só consegui até hoje assistir a um filme dele, o Separações, que mostra como o amor é complicado, incoerente mas, mesmo assim, maravilhoso. E que não existem regras para sentimentos, por isso é tão difícil lidar com eles. Romântico, mas realista. E além de tudo, cheio de teorias dessas usadas pra justificar, ou exemplificar, opinião em conversa de boteco, que eu adoro!
E adoro a visão que o Domingos tem das coisas. Tenho acompanhado seu blog no site da Bravo! onde ele mostra como é uma pessoa movida pela paixão, não só no sentido romântico, mas pela vida. Sei que ele montou um espetáculo novo que vai estreiar no Rio de Janeiro nesse final de semana, chamado Apocalipse Segundo Domingos de Oliveira. Fiquei com muita vontade de ver.
Hoje ele colocou no blog uma frase genial: "O importante numa comédia é o drama. O humor, a comédia traz obrigatoriamente. Não é o riso, é a lágrima que deve ser procurada. É a lágrima que torna nobre o riso. Quando a comédia alia as duas coisas, ela torna-se o mais eficiente meio de comunicação com a platéia."
Acho que isso não vale só na arte, mas também na vida. E o contrário também é verdadeiro. Quando a gente enxerga que mesmo nos momentos mais dramáticos a vida não passa de uma grande comédia, tudo fica mais fácil e leve.
Aqui um trechinho do Separações, em que ele lê um texto lindo, sobre o Homem Lúcido.


Cuidado

Amor e tequila acabam com a gente.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Mantra

Eu tô ótima e tô feliz.

Nossa

Eu senti isso...

Eita insônia...

Enquanto o sono não vem, reproduzo aqui um post muito legal da Daniela Angelotti, sobre o qual comentei ontem com a Priscila e com a Adriana durante o nosso "debate" na Mercearia.

Nem tudo é o que parece ser

Às vezes chega assim, como um furacão ou tsunami e varre tudo que encontra pelo caminho.
As erupções vulcânicas também têm esse dom.
Sobram apenas muita lama e cinzas.
Mas de repente, como se tudo isso fosse sempre necessário, o terreno fica mais fértil.
Nascem milhões de novas espécies que atraem novas vidas e se transforma num paraíso na terra.
Até a próxima erupção.
Isso pode demorar muitos anos geológicos para acontecer, mas tenha a certeza - irá acontecer novamente.
E, se por acaso estiver demorando muito, o destino se encarrega de mandar o homem pra acelerar o processo.
Aí entre os coquetéis molotovs e as bombas de nêutrons em creches e hospitais públicos, surge um novo dilúvio e varre tudo. Só que dessa vez limpando também as próprias anomalias criadas pela natureza.
Pronto, mais uma vez o terreno está fértil e podemos começar tudo de novo, até acabar mais uma vez!

Acabei de descobrir

Que eu não tenho talento pra ganhar dinheiro, porque meus dedos são praticamente do mesmo tamanho.
Rá! Novidade...

Já que não tem mais fitinhas...

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Cinco vontades súbitas recentes

1 - Sorvete de creme com bolo e calda de chocolate
2 - Voltar pra casa
3 - Dançar um bolero
4 - Tomar chuva
5 - Ter um filho

Então é isso...

que significa querer não é poder?

Chove

Agora o sol apareceu. Mas, mais cedo, estava garoando e o dia estava cinza.
E eu ganhei uma música, que eu adorei.


Melhor frase da noite

"Querida, não desperdiça isso que você tem, tenha foco. O segundo só vem depois do primeiro", dita por Deus

Transgressões

1 - Não sair mais do que duas vezes durante a semana (incluindo sexta-feira)
2 - Quando sair, chegar em casa antes da meia-noite

3 - Seguir as minhas escolhas e não os meus impulsos
4 - Fazer o que eu digo e não fazer que eu faço

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Iupiiii

Geralmente eu tenho um livro na bolsa. Isso porque eu sempre gastei todo o dinheiro que ganhei com roupas, sapatos, livros, revistas e cerveja e não sobrou nada pra comprar um carro. Então eu ando de ônibus e aproveito pra ler, já que não preciso dirigir. Os meus livros têm a ponta das páginas dobradas e alguns parágrafos grifados com lápis, que são as partes que mais me chamam a atenção ou com as quais eu mais me identifico. Quando eu estou com as minhas amigas tomando cerveja, depois da segunda ou da terceira, costumo sacar o livro da bolsa e começo a ler os trechos marcados. Depois de algum tempo, comecei a ler alguns pensamentos que eu anotava no meu bloquinho. E todo mundo começou a me achar a chata da turma por esse mau hábito. Só que agora eu achei alguém tão esquisita quanto eu, que também acha o máximo fazer essas coisas. Então, hoje a gente resolveu se encontrar num lugar na Vila Madalena onde os meio-intelectuais, meio de esquerda se encontram, munidas dos nossos livros e anotações, e criar o nosso próprio sarau/debate sem ninguém por perto que possa olhar fingindo que está prestando a atenção mas com cara de "que horas essa mala vai parar de ler essas porcarias".
E o melhor, vamos mudar de ares e ver rostos diferentes! Vai ser divertido!

A persistência da memória (primeiro da série coisas que me tiram o sono)

Ouvi uma vez o Gilberto Gil dizer em uma entrevista pra Marilia Gabriela que ele não tinha medo da morte, tinha medo de morrer. Quer dizer, o temor dele não é deixar de existir, mas sim o processo pelo qual vai passar para deixar a vida e ganhar a eternidade. Nunca ouvi o testemunho confiável de ninguém que tenha passado pela experiência e voltado para contar como foi, mas imagino que, na maioria das vezes, seja algo doloroso e, por isso, ele tem mesmo razão em temer. Além disso, ele, que é uma personalidade, um artista reconhecido com uma vasta obra, que já deixou sua assinatura nas páginas da história, certamente quando sair da vida ganhará a eternidade, portanto não precisa mesmo se preocupar com o depois, só com o durante.
Esse medo, do que vai acontecer depois, é típico do ser humano. E não estou falando do que acontece com a gente, com a nossa alma, espírito, seja lá o que for, se é que isso existe mesmo. Se a gente vai pro céu, pro inferno, ou volta pra Terra mais evoluído, não me importa. Na hora certa todo mundo vai saber como é. A maior aflição é com o que acontece a quem fica. É como estar no meio de uma festa e ter que ir embora porque tem que acordar cedo no outro dia, mas muita coisa ainda vai acontecer e você não vai estar lá pra ver - o bom é que pelo menos não precisa ouvir no dia seguinte os comentários sobre tudo o que perdeu. E, ainda pior, saber que tudo vai continuar acontecendo independente de você estar lá ou não. É notar como somos insignificantes e saber que em poucos meses não passaremos de uma vaga lembrança esporádica mesmo para os entes mais queridos.
Claro que isso não acontece com gente como Gilberto Gil. A parte de perder a continuidade da festa sim, mas ele sabe que ainda que não esteja mais por lá fisicamente, continuará presente como assunto nas principais rodas de conversa. Isso, porque no tempo em que ficaram, mesmo que tenha sido breve, pessoas como ele conseguem deixar sua marca, seja por meio das idéias que trocaram batendo-papo, seja porque beberam de mais e deram um show.
E é por querer compensar a ausência inevitável que um dia vai chegar, que todo mundo sente necessidade de deixar um pedacinho de si por aqui. Talvez daí venha a idéia de que toda pessoa tem que plantar uma árvore, ter um filho e escrever um livro. São três maneiras de dizer: eu já fui embora, mas estive aqui, espero que vocês não se esqueçam de mim. Acho que a mais eficiente é o livro (que pode não ser necessariamente um livro, mas qualquer forma de registro de pensamento). Justamente porque carrega uma marca pessoal mais forte e tem a chance de sobreviver por mais tempo.

Eu, por exemplo, sei que existiu um Aristóteles, um Camões, um Beethoven, e até hoje tenho acesso ao que eles pensaram e produziram. Em compensação, não tenho idéia de como era meu bisavô, como ele vivia, no que acreditava, com o que se preocupava. Quer dizer, melhor faz quem se dedica às idéias do que quem se dedica a uma criança. Claro que as pessoas tem que ter filhos também. Se todo mundo resolvesse parar de ter filhos e começasse só a filosofar, a estudar, a pesquisar, a refletir, eu nem estaria aqui escrevendo essas besteiras. Da mesma forma, eu não estaria aqui escrevendo essas besteiras se ninguém tivesse me mostrado que tem gente que se dedica ao estudo, ao pensamento e a reflexão, quer dizer, eu não teria sobre quem nem sobre o que escrever. Há algum tempo (bastante tempo até), assisti a uma peça chamada Solidores, do André Fusko, que era um diálogo entre um casal. No meio de várias outras discussões, o cara dizia que ninguém sabia se Einstein tinha um filho e ninguém nem se importava com isso, mas todo mundo sabia que ele foi o criador da teoria da relatividade.
Volto a dizer, não sou contra ter filhos, eu digo que não quero agora, mas pode ser que um dia, quando estiver muito feliz, eu queira (no filme Romance, a personagem da Letícia Sabatela diz pro Wagner Moura que quando está muito feliz tem vontade de ter um filho). Mas isso só quando eu encontrar um homem que eu ache que mereça deixar seus genes no mundo (hehehe, e será que eu mereço?). Divagações à parte, acho que a melhor forma de sermos lembrados é por nossas idéias.
Retomo, agora, a idéia do Mutarelli, no O Natimorto, de que tem a impressão que deixa de existir para as pessoas quando não está por perto. Acho que isso, em vida ou depois da morte, não acontece com quem consegue se tornar relevante por si próprio, em vez de apoiar sua existência no outro.

E isso tem me feito pensar uma coisa. Eu já conheci centenas de pessoas. De algumas me lembro todos os dias, de outras frequentemente, mas a maioria só volta ao meu pensamento nos natais, em anos bissextos ou nas viradas de século. Mesmo gente com quem eu convivi por um bom tempo e com quem tive momentos especias acabam ficando com uma imagem embaçada, guardada em uma gavetinha lá no fundo da memória. Essas, quase não existem pra mim. Outras, que podem ter passado como um raio, deixaram uma marca muito profunda, difícil de ser apagada (para o bem ou para o mal). Então, fico imaginando como anda a minha força de existência. Será que eu consigo estar presente nos pensamentos de várias pessoas consecutivamente a ponto de sobreviver por 24 horas?
É, acho que pior do que deixar de existir depois da morte é deixar de existir durante a vida.

Obs: Essa é história que eu falei alguns posts atrás sobre deixar de existir quando não está por perto e que seria meio egocêntrico. A pessoa que escreveu essas coisas acima (no caso, eu) deve ter uma grande necessidade de auto-afirmação, ser insegura e precisar muito da aceitação alheia pra se sentir feliz. Deveria voltar pra terapia urgentemente, aprender a ter mais confiança em si mesma e depender menos dos outros!

Obs´:
Post muito bem acompanhado por dois Dalis: A persistência da memória e Galatéia das esferas.

É, Pri...

Esses gatinhos são muito curiosos, mas desconfiados.

Essa é pra você...

Esse show marcou um momento decisivo da minha vida. Se as coisas não tivessem mudado naquela época, provavelmente a essa hora eu já seria uma mãe de família. Ui!



E se eu sou mimada hoje, grande parte da culpa é dele. Sinto falta de ter vontades, como essa do sorvete de creme, ou de banana assada com canela e açúcar ou cachorro-quente, atendidos a qualquer hora.
Momento saudosista... But no regrets.

Desejo...

de tomar sorvete de creme com calda de chocolate...

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Assisti isso

Meu amigo Albérico já tinha me falado sobre esse filme. Como sempre, uma ótima recomendação vinda dele. Entrou pra lista dos filmes que me fizeram chorar no cinema. Os outros foram Santiago e Caos Calmo.


E também

1 - Acho que tem a ver com o que o Domingos de Oliveira diz, que pessoas que se amaram muito tem que continuar amigas, se não o mundo fica muito cruel.
2 - O sexo é consequência, porque o que desperta o tesão é o fato de ficar junto, o que é muito mais intenso do que uma simples transa. Passa a ser uma troca e não a busca pela satisfação individual.
3 - Enquanto a admiração, no sentido de causar surpresa, durar, sempre vai haver algo a mais para se descobrir sobre o outro, sempre vai haver mistério e o relacionamento não vai cair na monotonia.
4 - Admiração é essencial, mas com certeza não é tudo. O amor sempre tem um algo mais, aquele pózinho de pirlimpimpim que cai quando duas pessoas se encontram.
5 - Nossa, sou muito experiente mesmo pra falar sobre isso....

Só teorias...

Tem gente que acredita que os opostos se atraem, outros dizem que um relacionamento só pode dar certo quando as duas pessoas são parecidas, pensam da mesma forma e têm preferências em comum ("amar é gostar da mesma música", né João?). Na minha concepção de amor, na qual o requisito mais importante é a admiração que um sente pelo outro, ambas as visões estão certas. Acho que muitas vezes o que a gente mais gosta na outra pessoa é o que a gente não tem ou não é e não consegue ter ou ser. Por outro lado, tendemos a simpatizar com gente que tem as características de que gostamos em nós mesmos.
Só que as duas situações tem seus efeitos colaterais. Na primeira, a convivência pode se tornar difícil porque chega uma hora em que cada um quer ir pra um lado, já que pensa de maneira diferente. Na segunda, o complicado é que se a pessoa tem o que a gente mais gosta na gente mesmo, ela pode ter também o que a gente mais detesta, os defeitos que a gente sabe que tem, mas geralmente não consegue encarar, nem mudar. E se não dá pra aceitar aquilo nem na gente, menos ainda no outro.
Independente de divergências, que são naturais, porque por mais parecidas que as pessoas sejam, cada uma é única, acho que quanto maior a admiração que um sente pelo outro, maior a chance de um relacionamento dar certo. Mas esse sentimento precisa ser reciproco, afinal ninguém merece ficar de baba ovo de alguém que o menospreza ou não está nem aí.
Acabei de descobrir na Wikipédia, que "admiração (do latim admirari) é um sentimento de assombro, surpresa ou espanto diante de uma situação. Na Filosofia, a «admiração» ou «espanto» é o princípio fundamental para começar a filosofar, ou seja, é um processo atrativo através do qual não passamos indiferentes perante qualquer coisa, colocando-nos em movimento, partindo de coisas simples para coisas mais complexas, terminando no conhecimento de si, como desconhecendo-se («só sei que nada sei», Sócrates) ou desconhecendo as coisas. Assim, admirar-se perante qualquer coisa é ter a capacidade de problematizar o que parecia evidente, procurando esclarecer o que se apresenta como obscuro". Como a curiosidade é o primeiro passo para o desejo (uma das frases que eu postei há alguns dias, tirada do livro O Burlador de Sevilha) e a admiração desperta a vontade de saber mais, admirar é o início para se desejar alguém.
Ao mesmo tempo, essa admiração acaba funcionando como um estímulo ao auto-desenvolvimento. Se a gente acha o outro realmente especial, o vê como alguém capaz de nos tornar melhor do que somos. Vemos que temos coisas a aprender, que o outro tem algo a nos agregar. Eu, pelo menos, já desejei me tornar uma pessoa melhor por causa de alguém, como se para merecê-lo, ou para que que ele também me admirasse, eu precisasse me melhorar. Mas isso não tem nada a ver com me subestimar, acho que é algo até saudável, porque proporciona uma evolução.
Da admiração também nasce o respeito, a paciência, a compreensão.
Se houver tudo isso, os problemas encontrados pelo caminho acabam ficando menores e menos complicados, porque a vontade de estar junto vai ser sempre maior e haverá mais disposição para resolver as situações e entrar em acordo. Não haverá necessidade de impor opiniões, de mudar o ponto de vista do outro e, assim, ninguém sentirá que saiu perdendo. Porque ganhar é estar junto.
Daí, também, vem a idéia de que as pessoas se casam, ou procuram um parceiro, porque precisam de uma testemunha para suas vidas. No texto O Natimorto, do Lourenço Mutarelli, o personagem diz que tem a impressão de que deixa de existir para os outros quando não está por perto. Talvez essa testemunha que a gente procure seja alguém que vai fazer com que a gente exista sempre, porque vai estar sempre do nosso lado. Ninguém quer passar em branco e, é claro que se queremos que alguém testemunhe nossas vidas e se vamos testemunhar a vida de alguém, não vamos escolher qualquer um, né. A gente merece o melhor, merece que esse papel seja desempenhado por alguém especial e que nos dê orgulho durante essa longa caminhada (tudo bem, pode não durar tanto tempo, mas ninguém começa um relacionamento achando que vai acabar logo logo). E que isso seja reciproco, que alguém que vai presenciar todos os nossos passos e tropeços esteja disposto a nos aplaudir, a nos estimular e a nos dar a mão pra ajudar a levantar.
Testemunhar a vida também tem a ver com assistir. Não só no sentido de ser expectador, mas no de dar assistência, de cuidar. Quem ama cuida e quem não dá assistência abre concorrência, né? Quer dizer, não basta ficar na platéia, tem que participar.
Pra mim, isso é natural no amor que nasce da admiração e do respeito, só assim haverá o desejo de estar presente, de estar por perto sempre, de atuar junto. E assim ser alguém que vai fazer com que o outro não deixe de existir.
Mas isso é só a opinião de uma menininha que não sabe o que é amar e fica tentando racionalizar as coisas...

domingo, 11 de janeiro de 2009

É que eu acho que esse ano vou ter minha casa. Só minha. Queria muito que tivesse essa vista, mas como querer não é poder, já que no lugar que tem essa vista só moram a bandidagem, as putas e os traficantes...Já fico feliz porque vai ser na civilização.

Idéias

Eu sei que se tiver tudo isso vai parecer uma casa maluca de desenho animado, mas são idéias de coisas que me agradam. Grande parte veio do decoeuracao.blogspot.com.




























Tudo parece igual, mas está bem diferente

E eu voltei a sentir os sintomas daquilo que na época da faculdade me fazia dizer, segundo a Ana Paula, "tô com frio, tô com sono, tô com fome, vou ler" e chamar um mototaxi de madrugada pra ir pra casa no melhor da festa.
Será que foi a virade de ano? Será que a mudança de data pode influenciar a mudança de planos e de vontades?

Mas uma coisa é certa...

A Favorita me mostrou que eu sou moça de chorar vendo novela. Não pelas histórias de amor ou pelo drama. Mas pela trilha sonora que lembra meus amigos queridos que me ligam no meio da madrugada quando ouvem uma música. Só que é um choro feliz, de saber que tenho gente muito especial por perto.

Quando você acha que está tudo ótimo a tendência é piorar

Eu até tava gostando da novela A Favorita. Comecei a assistir do meio pro final, que acho que foi a melhor parte. Até o momento em que o Gonçalo morreu. Agora tá virando uma palhaçada. O que foi aquela perseguição no meio do mato ontem, com os capangas invadindo a propriedade alheia munidos de cães farejadores e a Donatela, o Shiva e o Zé Bob pulando na cachoeira e acordando no meio do mato?
Mas algo me diz que o pior está por vir. Agora tudo vai se resolver, porque a Donatela descobriu como tudo começou. Lembrou que a raiva que a Flora tem por ela não vem da inveja pelo casamento com o Marcelo, pelo seu talento superior, pelo dinheiro ou pela mansão em que ela vivia. Mas sim por causa daquela bonequinha fofa que ela ganhou de Natal quando era criança, a Maria Balinha. Quero só ver, na segunda-feira, ela indo entregar a Maria Balinha no rancho pra Flora. Aposto que vai ser um momento emocionante! (Mas uma coisa é verdade, a menina que fez a Flora criança tinha mesmo uma cara de má, muito má, que dava medo).

Ah, e o Norton me decepcionou muito! Coisa feia, hein, menino! O que um homem não faz para manter seus hábitos sofisticados, vinhos finos e prostitutas de luxo, né? Mas ele podia confirmar a suspeita de que sempre foi inteligente e leal e guardar uma cópia do DVD para incriminar a Flora (sei lá, ainda tenho a esperança de que ele me surpreenda).
Pelo menos a Catarina não virou lésbica. Ainda... (não! por favor!)
Putz, que papo de restaurante japonês com as amigas... hehehe
Mas é legal, vai...