quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Era isso que eu queria dizer

Precisei copiar isso do blog da Fabi.
Exatamente o que eu queria dizer, mas não disse (ou disse de outro jeito, ou talvez devesse ter tentado mais).

DO SIM E DO NÃO

Acho que você percebeu que eu fui embora.
Vê meus olhos vazios, me sente fingindo um interesse que não faz mais parte de mim.
Me desculpa, me perdoa, ou tenta.
Não queria te magoar, meu anjo, não queria mesmo.
Mas não tô mais por aí.
Tô tomando outro rumo, querendo outras coisas que nem sei quais são.
Preenchi alguns espaços incômodos, mas novos espaços, cruéis, sádicos, apareceram.
Os vazios se revezam pra me mostrar que a felicidade é impossível.
Não me telefone, por favor. Não me peça pra dizer mais um não. Ele é insuportável pra mim.
Espero ansiosa um sim de outro lugar, mas sei que isso não vai acontecer.
Se isso serve de consolo, a dor que a falta desse sim me causa é quase insuportável.
Espero por um sim de quem só tem nãos pra me dar.
Mas saiba que a falta desse sim não é responsável pelo meu não.
E, por favor, não passe esse não pra frente.
A gente precisa de sim, de muitos sins, pra deixar o maior número possível de espaços ocupados,
pra deixar a cabeça ocupada, os braços ocupados.
Diga sim, mas não pra mim.
E se possível, me perdoe.



Um comentário:

Anônimo disse...

Também não disse, flor. Mas escrevi. Obrigada por ter gostado.
Beijo e vorta logo desse Rio!