quinta-feira, 12 de junho de 2008

Laila fala sobre amor na data mais romântica do ano

Eu acho ridículo esse negócio de te que ter alguém do lado pra se sentir completo. Que coisa mais possessiva! Pra mim esse amor romântico que espalham por aí não existe, é só uma invenção pra fazer os fracos e inseguros se sentirem melhor. Não suporto essa coisa de dependência, de ter que dar satisfação. Eu sou mais eu. Se quiser ficar comigo é assim, se não quiser, tem quem queira. Acho que essa é a maior fidelidade que se pode oferecer. A sinceridade, jogar limpo. Eu não engano ninguém, sou fiel a mim e aos meus desejos e vontades. Não quero e nem vou ficar me reprimindo. A vida é aqui e agora. A atração física e o desejo são sensações inerentes ao ser humano e eu sei que eu não sou a única pessoa interessante no mundo. Existem milhares por aí. Então, quem sou eu pra exigir que a pessoa que está comigo só tenha olhos para mim? Quer beijar? Vai lá e beija... não fica passando vontade. Só não me troque por ninguém. Odeio ser preterida e ficar em segundo plano. Exijo disponibilidade imediata na hora em que eu precisar. Preciso me sentir o centro das atenções, o centro da vida de alguém. Mas gosto de liberdade. Não quero ficar fazendo coisas só pra agradar, programinhas chatos no final de semana, tardes entediantes assistindo televisão. Não! Eu preciso respirar, me alimentar com idéias novas de pessoas diferentes. Preciso saber o que acontece na rua. Não quero ter a sensação de que todo mundo está se divertindo numa festa para a qual eu não fui convidada. Mas isso não quer dizer que eu não amo. Talvez eu ame muito mais do que quem se sente obrigado a ficar com alguém por alguma forma de compromisso. É um sentimento muito maior, muito mais puro, muito mais sincero, muito mais autêntico. Não preciso fingir nada, não vai haver desconfiança, joguinhos e incertezas. Assim não é muito melhor?

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