domingo, 21 de setembro de 2008

Senhora - José de Alencar

Há anos raiou no céu fluminense uma nova estrela. 

Desde o momento de sua ascensão ninguém lhe disputou o cetro; foi proclamada a rainha dos salões. 

Tornou-se a deusa dos bailes; a musa dos poetas e o ídolo dos noivos em disponibilidade. Era rica e formosa. 

Duas opulências, que se realçam como a flor em vaso de alabastro; dois esplendores que se refletem, como o raio de sol no prisma do diamante. 

Quem não se recorda da Aurélia Camargo, que atravessou o firmamento da Corte como brilhante meteoro, e apagou-se de repente no meio do deslumbramento que produzira o seu -fulgor?