terça-feira, 1 de fevereiro de 2011
10 x 3
quarta-feira, 30 de junho de 2010
Run, Lola, run
Mas, voltando ao início... fiquei imaginando como seria a sensação imediata à morte. A sensação de saber que é o fim. De pensar: 'agora fodeu'. Então, me lembrei dos vários sonhos que já tive em que eu morria. E lembrei que sempre depois da percepção inicial da morte próxima vem uma sensação de tranquilidade. Um pensamento do tipo: não dá pra fazer nada, então vou relaxar pra ver o que vem depois. Uma postura blasé em relação à morte, ok.
Nos sonhos, segundos antes da morte, eu acordo. Mas antes disso, o sonho é como se fosse a vida real. Não sei se com você é assim também. Comigo, o sonho é exatamente como a vida.
Então, fiquei pensando, será que a vida não é como um video game, ou como o 'Corra, Lola, Corra', e quando dá alguma merda a gente tem direito a um 'continue'? Quem garante que o sonho não aconteceu de verdade e, quando voltei, pareceu que era sonho?
Sei lá, tô viajando. Belo jeito de voltar a escrever no blog. Mas deu vontade... talvez porque quando fui conversar sobre isso com alguém, não me deram ouvidos. Acho que nem merecia mesmo...
quinta-feira, 29 de outubro de 2009
quinta-feira, 3 de setembro de 2009
domingo, 19 de julho de 2009
As pessoas são estranhas
Mulheres:
Braço quebrado
Meia preta
Sorriso perfeito
Filho no colo
Aliança
Cabelo grisalho
Homens:
Rabo de cavalo
Peitão
Cabelo (por favor, que ela tenha cabelo)
Vamos lá...
- macbook
- iphone
- tv de led
- um apartamento pra alugar perto do metrô Vila Madalena ou Consolação
- todos os meus amigos no meu aniversário
- bombons
- um namorado - sério (wow! quem diria, né? esse é o maís difícil até agora, hein!)
- um monte de clientes novos pra eu poder trabalhar bastante nos finais de semana (é sério!)
- um show do Trash Pour 4 no dia 23
- uma joia
- receber flores
- uma viagem para Oviedo
- inspiração e paciência
sábado, 18 de julho de 2009
Bem que você disse...
sexta-feira, 17 de julho de 2009
INSTITUTO INHOTIM
terça-feira, 14 de julho de 2009
Burrice
Mais um do Domingos
Fui ao Flip e fiquei encantado. O festival foi pensado e é supervisionado por uma senhora linda, creio que inglesa, Liz Calder, um encanto de articulação e amor pela arte. Sei que isso não se diz, mas não parece coisa de brasileiro. Organizado, limpo, luxuoso, sem nenhuma pompa, enfim, um prazer estar lá entre aquela gente inteligente toda.
A razão da minha ida era participar de uma mesa de debate sobre o assunto “separações”. Escrevi um resumo das minhas idéias a respeito, afinal sou um especialista do assunto. Há quem diga que foi ótimo. De modo que transcrevo aqui para quem não foi lá:
Há pessoas que sofrem com separações, outras, muito mais raras, se alegram com isso. Realmente uma separação é sempre um alívio. E alguns logo encontram a “solidão magnífica”, conforme chamou Freud. Mas não sou esse tipo de pessoa e para os homens comuns, separação dói muito.
O assunto não me é estranho porque já fiz um filme sobre ele e também porque tive cinco casamentos e cinco separações.
No entanto não tenho nada a dizer sobre o assunto. Há coisas assim, quanto mais se vive ou mais se pensa, mas obscuras ficam.
Na primeira separação, tinha uns vinte e poucos anos. O nome dela era Eliana. Me desarticulei tanto que não podia sair na rua, achando que os edifícios cairiam sobre mim. Lembro também que foi nessa época que descobri a psicanálise, e logo depois o álcool. Na boemia, no tempo sem tempo da boemia, procurava aflitamente o Amor. Quebrei minha mão dando um soco na parede e fui à sessão de psicanálise tocar uma flauta de plástico que alguém me deu, com a mão engessada. Quero dizer que sofri muito.
Na minha segunda separação sofri muito. Tinha três namoradas ao mesmo tempo, e brochava com as três. O nome dela era Leila. Em vez de tocar a flauta, fiz um filme, “Todas as Mulheres do Mundo”. Ninguém duvide disso: Períodos de separação são em geral altamente produtivos.
Minha terceira separação, Nazareth, eu tinha quarenta e poucos, sofri muito e não teve graça nenhuma. Eu estava sem dinheiro e vivia minha vida nos corredores dos bancos adiando promissórias, parcelando dividas, movido por anfetaminas. Naquela época eram vendidas como remédio para emagrecer.
Meu quarto casamento, Lenita, durou dez anos e tive uma filha. Maria Mariana. Na quarta separação tinha quase cinqüenta, tive poucas namoradas, poucas porém boas.
Até que há vinte e oito anos atrás, casei com Priscilla, adorável criatura que me acompanha até hoje. E lá pelo oitavo ou décimo ano de casamento, passamos um ano separados. Se eu tinha desarticulado na primeira, nessa ultima desagreguei, quero dizer, sofri muito. Mas sempre produtivamente. Essa experiência resultou num filme, “Separações”.
Se eu cito esses dados biográficos nesta palestra, é apenas para tentar perceber o que há de comum entre essas cinco malditas porém necessárias passagens. Na verdade quase pode ser dito que todo homem solteiro quer casar assim como todo casado quer ficar solteiro. Não conheço nenhum casal decente que não nutra um sólido desejo de separação. Faz parte de um bom casamento, creio. Afinal, o amor tira a liberdade, sem duvida. O que é inadmissível. E a solidão muita vezes é desagradabilíssima e vazia. Enfim assim vamos todos, amando e desamando, carneirinhos a espera do corte.
A pergunta que faço hoje em dia a respeito do assunto é sobre a possibilidade de amar, casar e separar sem sofrer. Muito me perguntei sobre o mistério da dor do amor. Para tentar entender a dor do amor existem três indagações sobre o amor, ele mesmo.
Primeiro. Porque o amor (a paixão) acaba? Infinita enquanto dura, mas não dura. É por esquecimento de si mesmo? Porque sendo explosão, com tempo se atenua? Porque, tendo dado ao amante sua chance de eternizar-se, não tem mais nada a fazer ali?
A segunda indagação vai mais direto ao ponto: Porque dói tanto quando o amor acaba? Porque é tão triste? Porque é inaceitável? Nenhum raciocínio ou vivência autorizou a crença de sua perenidade? Porque afinal nos dilaceramos? Ah, a dor do amor. É mais que uma angústia. É uma febre, uma desidratação. Poucas coisas são tão tristes quanto o fim de um grande amor. Talvez nem o fim da vida seja tão triste. E o que dói? Onde dói? Dói por não ser mais o que era. Dói por tudo que poderia ser, se ainda fosse, mas não será jamais. Dói a perda da paixão, única moeda cósmica que temos a nossa disposição. Porém, acalmemos. Deve haver um motivo objetivo para tanta dor. Examinemos metodicamente uma a uma as perdas.
O que se perde quando é perdido um amor? Talvez a moeda cósmica? Não, não deve ser isso. Todos os homens sofrem separações e nem todos se importam com o cosmos.
A perda do objeto sexual? Também não deve ser isso. Há muitas Marias para cada João.
Qualquer coisa ligada a ciúme de terceiros? Mas há separações que não envolvem terceiros, nem por isso deixam de ser sofridas.
Tão pouco são razoáveis as explicações psicológicas, quebra da fantasia, falência de um investimento sentimental ou qualquer coisa desse tipo. Mas também não é isso. Homens maduros, estudiosos, que certamente ultrapassaram esse tipo de acontecimento psicológico também sofrem como cães envenenados.
Aprofundemos essa espiral.
Talvez o horror da solidão quando convivemos muito com a pessoa amada, perdemos totalmente a noção de como somos sós no mundo. Nossa íntima alegria ou dor é compartilhada, ganhamos um ouvinte interessado e perder isso, convenhamos, é perder muito.
Talvez o medo da liberdade, citando Dostoievski, meu caro companheiro desde a adolescência, “Não há nada que o homem deseje mais do que a liberdade, nem nada que lhe seja tão doloroso”.
Na terceira indagação sobre o amor pergunto se ele é necessário. Na pesquisa da verdade todas as hipóteses devem ser levantadas, mesmo as deselegantes. Existirá mesmo um grande homem só? Não será um homem um animal ou dois? Como intuía os antigos gregos, um ser cuja biológica natureza verdadeira é ser parte de uma unidade maior, chamada casal. Se a função da hipótese é responder paradoxos, esta é a meritosa, posto que pelo menos explica a dor do amor. Dói porque falta uma parte, tanto quanto doeria se nos arrancassem um braço ou um olho.
Quando escrevi o roteiro do filme “Separações” eu tinha farto material a respeito. Tanto retirado da minha vivência quanto daquela dos amigos, mas não conseguia fechar a história. Somente pude fazê-lo quando lembrei da Kubler Roth e de suas fases pelas quais obrigatoriamente passa um doente terminal. Quando reparei que elas podiam coincidir com as fases do meu herói ridículo num período de separação, o roteiro ficou resolvido. Somente é possível comparar a separação de dois amantes com a morte de um homem. No filme minha ordem é: a Negação (“Não! Não pode ser! É mentira, ela vai voltar. Foi uma briguinha à tôa.”), a Negociação (“Se ela voltar para mim eu paro de fumar, subo os degraus da Penha, nunca mais vou ser galinha”), a Revolta (“Quero te matar, sua puta!”) e a Aceitação, que é quando se arranja outra namorada. Ou então a mulher volta. Observe que tomei certas liberdades com a Kubler Roth. Inverto a ordem, que é: a Negação, a Revolta, a Negociação, a Depressão e a Aceitação. E dou por subentendida a fase da depressão.
Bem, espero que quem não viu possa ver o filme. É muito engraçado ver aquele homem arrastando-se pelo chão, pagando todos os micos possíveis para recuperar a mulher amada.
Hoje tenho 72 anos, continuo querendo me separar da Priscilla, e ela de mim naturalmente, posto que somos normais e tenho a impressão que poderíamos fazer isso alegremente sem nenhum ciúme e nenhuma dor. Tenho essa exata impressão e com a mesma convicção que não acredito absolutamente nela. Morro de medo de me separar da Priscilla. Creio, concluindo, que é uma questão genética. Há homens que nasceram para viver sozinhos, e certamente não sou um deles. A verdadeira arte de viver talvez seja tentar ser aquilo que você é. O que evidentemente é muito difícil.
Me aguardem no meu próximo filme, é uma espécie de continuação de Separações. Acompanhando o casal, até digamos assim, o fim. Titulo: “Inseparáveis”.
http://bravonline.abril.com.br/blog/domingosoliveira/
segunda-feira, 13 de julho de 2009
Inferno astral
quarta-feira, 8 de julho de 2009
Ainda sobre o mesmo assunto
terça-feira, 7 de julho de 2009
segunda-feira, 6 de julho de 2009
E isso também é muito bom
Fiquei com vontade decolocar essa música
watchin' the clock,
it's four o'clock,
it's got to stop,
tell him - take no more,
she practices her speech,
as he opens the door,
she rolls over,
pretends to sleep as he looks her over.
She lies and says she's in love with him.
Can't find a better man.
She dreams in color, she dreams in red.
Can't find a better man.
Can't find a better man.
Can't find a better man.
Ohh...
Talkin' to herself,
there's no one else who needs to know,
she tells herself,
Ohh...
Memories black,
when she was bold,
and strong,
and waiting,
for the world to come along,
swears she knew it,
now she swears it’s gone.
She lies and says she's in love with him.
Can't find a better man.
She dreams in color, she dreams in red.
Can't find a better man.
She lies and says she still loves him.
Can't find a better man.
She dreams in color, she dreams in red.
Can't find a better man.
Can't find a better man.
Can't find a better man.
Can't find a better man.
Yeah...
She loved him, yeah...
She don't want to leave this way.
She feeds him, yeah...
That's why she'll be back again.
Can't find a better man.
Can't find a better man.
Can't find a better man.
Can't find a better man.
Can't find a better...man...
Eu preciso falar menos
O Convidado Surpresa
domingo, 5 de julho de 2009
Orgulhosa
sábado, 4 de julho de 2009
Em Paraty
sexta-feira, 3 de julho de 2009
Revolução do sofá
http://img22.imageshack.us/img22/8003/forasarney.jpg