terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

10 x 3

Uma coisa que eu nunca vou poder dizer é que 'eu era feliz e não sabia'. Sempre tive consciência dos momentos mais felizes da minha vida. E sempre os aproveitei ao máximo, porque sabia que eram únicos e nunca mais se repetiriam.
Uma vez, disse pro Leandro, tomando cerveja num bar depois do trabalho, enquanto a gente ouvia uma música francesa, que tinha reconhecido aquele momento como um daqueles únicos e inesquecíveis. E que quando estivesse na França, iria lembrar daquela música e daquela cena.
Também já previ cenas futuras, em que iria me deparar com momentos felizes do passado e isso serviria par valorizá-los ainda mais. Um desses momentos vai ser quando eu estiver no shopping Villa-Lobos daqui há algum tempo e reencontrar um ex-namorado com a esposa, empurrando um carrinho de bebê. Eu serei uma mulher bem sucedida, que estará ali fazendo compras entre uma viagem e outra. Isso, eu já sabia que aconteceria há mais ou menos uns cinco anos. Desde essa época imaginava essa cena. E sei que está cada próxima de acontecer. E nessa hora a gente vai se olhar meio sem graça e se cumprimentar e perguntar um ao outro como estão as coisas. Aquelas formalidades de sempre. Mas o estranho é que até esse momento, tudo o que já aconteceu entre a gente estava no passado, mas no minuto em que a gente se olha, um filme inteiro, com todas as promessas de vida e futuro que existiam - desejadas ou não - passa pelos nossos pensamentos. E tudo o que foi feliz, e toda a tristeza e decepção e acontecimentos que só não se concretizaram por culpa do destino, acontecerão e acabarão em um piscar de olhos. E tudo o que ficará será um sorriso amarelo e educado. E o ciúmes e insegurança no olhar da outra.
Essa é apenas uma cena futura, mas aqui estou falando do passado. Daquelas cenas que não precisam ser registradas pela foto do celular para ficarem pra sempre na memória.
O beijo na mão, o perfume, um olhar fingindo que não olhou, uma mentira de verdade, o gosto da cerveja misturado com cigarro e com chiclete, a espera no ponto de ônibus com o vestido florido e o tênis de lona, a música no fone de ouvido durante o caminho de casa no ônibus, a reunião comendo pizza que muda uma vida inteira.
Os cafés intermináveis buscando desculpas pra prolongar a conversa, as tardes na piscina sem compromisso, as saídas solitárias na madrugada em busca da vida, as conversa, a cerveja entre livros no copo americano, as conversas, as caminhadas, a música nos degraus da praça, as conversas, a aurora boreal, as conversas, a feijoada com o dia clareando, as conversas, um carro com rodas pro ar.
As coisas que fazem a gente ser o que a gente é quando chega nessa idade. Que nem é tanta, mas parece muita porque muita coisa aconteceu. E a gente já mudou tanto pra chegar até aqui. E a gente uma vez já conseguiu ser o que queria ser. Mas a vida, de tempos em tempos, coloca uma bifurcação na frente da gente. E mesmo que os tijolos da estrada sejam os que estamos levando nas nossas costas e estejam sendo colocados pelas nossas mãos pra construir a trilha que leva pra onde a gente acha que tem que ir, esses momentos de escolher uma direção ou outra acabam aparecendo. E aé preciso fazer uma uma escolha.
E a gente nunca vai saber como teria sido ir pro outro lado.

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Run, Lola, run

Ontem estava no avião voltando do Rio e comecei a pensar como seria se o avião caisse. Não tenho medo de avião. Pelo contrário, adoro voar. Gosto de me sentar perto da janela pra poder observar atentamente a hora da decolagem e a hora do pouso. Acho incrível ver o exato momento em que um objeto mais pesado que o ar se afasta do solo e vai subindo, subindo, subindo... Nessa hora penso em como o homem é foda e em como realmente tudo o que a gente quer a gente consegue. Como esse ser tão insignificante consegue superar as leis da natureza e imitar capacidades que outros animais têm e ele não. Voar, explorar o fundo do mar, andar em alta velocidade e até superar a velocidade da luz.
Mas, voltando ao início... fiquei imaginando como seria a sensação imediata à morte. A sensação de saber que é o fim. De pensar: 'agora fodeu'. Então, me lembrei dos vários sonhos que já tive em que eu morria. E lembrei que sempre depois da percepção inicial da morte próxima vem uma sensação de tranquilidade. Um pensamento do tipo: não dá pra fazer nada, então vou relaxar pra ver o que vem depois. Uma postura blasé em relação à morte, ok.
Nos sonhos, segundos antes da morte, eu acordo. Mas antes disso, o sonho é como se fosse a vida real. Não sei se com você é assim também. Comigo, o sonho é exatamente como a vida.
Então, fiquei pensando, será que a vida não é como um video game, ou como o 'Corra, Lola, Corra', e quando dá alguma merda a gente tem direito a um 'continue'? Quem garante que o sonho não aconteceu de verdade e, quando voltei, pareceu que era sonho?
Sei lá, tô viajando. Belo jeito de voltar a escrever no blog. Mas deu vontade... talvez porque quando fui conversar sobre isso com alguém, não me deram ouvidos. Acho que nem merecia mesmo...

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Faz tempo

que náo escrevo aqui, né?
Mas isso é só um teste.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

domingo, 19 de julho de 2009

As pessoas são estranhas

Enquete de mesa de bar: O que te atrai a primeira vista em alguem do sexo oposto? (pergunta feita a 4 mulheres e 3 homens)

Mulheres:
Braço quebrado
Meia preta
Sorriso perfeito
Filho no colo
Aliança
Cabelo grisalho

Homens:
Rabo de cavalo
Peitão
Cabelo (por favor, que ela tenha cabelo)

Conselho #1

Não se apaixone por alguém que já ama outra pessoa. (ou pelo menos tente)

Vamos lá...

Aí vai a minha wish list anual de presentes de aniversário. Esse ano estou mais ambiciosa:

- macbook
- iphone
- tv de led
- um apartamento pra alugar perto do metrô Vila Madalena ou Consolação
- todos os meus amigos no meu aniversário
- bombons
- um namorado - sério (wow! quem diria, né? esse é o maís difícil até agora, hein!)
- um monte de clientes novos pra eu poder trabalhar bastante nos finais de semana (é sério!)
- um show do Trash Pour 4 no dia 23
- uma joia
- receber flores
- uma viagem para Oviedo
- inspiração e paciência

sábado, 18 de julho de 2009

Bem que você disse...

"Quando vc é experiente é mais avassalador ainda -- vc sabe a força do furacão."

sexta-feira, 17 de julho de 2009

INSTITUTO INHOTIM

O Instituto Inhotim, é um complexo museológico focado na arte contemporânea localizado no distrito de Inhotim, em Brumadinho, Minas Gerais. Inhotim é composto por sete pavilhões distribuídos em um parque ambiental e une cultura e meio-ambiente em um mesmo espaço. Fundado em 2004 pelo empresário Bernardo Paz, o Instituto Inhotim possui uma das mais importantes coleções de arte do mundo, com um acervo de mais de 450 obras de artistas contemporâneos. Além do acervo artístico, Inhotim possui uma extensa coleção botânica de espécies tropicais raras, em uma área de 45 ha de jardins – parte deles criada pelo paisagista brasileiro Roberto Burle Marx. O Instituto Inhotim tem como principais objetivos disseminar o acesso à arte e incentivar atividades e projetos na área sociocultura e ambiental.
Veja o Inhotim Impressionante:

terça-feira, 14 de julho de 2009

Burrice

"Chamo de burrice o seguinte: a falta de humildade, de amor ao próximo e de uma noção clara da morte. Pessoas que não vêem o mistério que as cerca, o que é realmente de uma cegueira implacável." Domingos de Oliveira

Mais um do Domingos

Fui ao Flip e fiquei encantado. O festival foi pensado e é supervisionado por uma senhora linda, creio que inglesa, Liz Calder, um encanto de articulação e amor pela arte. Sei que isso não se diz, mas não parece coisa de brasileiro. Organizado, limpo, luxuoso, sem nenhuma pompa, enfim, um prazer estar lá entre aquela gente inteligente toda.

A razão da minha ida era participar de uma mesa de debate sobre o assunto “separações”. Escrevi um resumo das minhas idéias a respeito, afinal sou um especialista do assunto. Há quem diga que foi ótimo. De modo que transcrevo aqui para quem não foi lá:   

Há pessoas que sofrem com separações, outras, muito mais raras, se alegram com isso. Realmente uma separação é sempre um alívio. E alguns logo encontram a “solidão magnífica”, conforme chamou Freud. Mas não sou esse tipo de pessoa e para os homens comuns, separação dói muito.  

O assunto não me é estranho porque já fiz um filme sobre ele e também porque tive cinco casamentos e cinco separações.

No entanto não tenho nada a dizer sobre o assunto. Há coisas assim, quanto mais se vive ou mais se pensa, mas obscuras ficam.  

Na primeira separação, tinha uns vinte e poucos anos. O nome dela era Eliana. Me desarticulei tanto que não podia sair na rua, achando que os edifícios cairiam sobre mim. Lembro também que foi nessa época que descobri a psicanálise, e logo depois o álcool. Na boemia, no tempo sem tempo da boemia, procurava aflitamente o Amor. Quebrei minha mão dando um soco na parede e fui à sessão de psicanálise tocar uma flauta de plástico que alguém me deu, com a mão engessada. Quero dizer que sofri muito.  

Na minha segunda separação sofri muito. Tinha três namoradas ao mesmo tempo, e brochava com as três. O nome dela era Leila. Em vez de tocar a flauta, fiz um filme, “Todas as Mulheres do Mundo”. Ninguém duvide disso: Períodos de separação são em geral altamente produtivos.  

Minha terceira separação, Nazareth, eu tinha quarenta e poucos, sofri muito e não teve graça nenhuma. Eu estava sem dinheiro e vivia minha vida nos corredores dos bancos adiando promissórias, parcelando dividas, movido por anfetaminas. Naquela época eram vendidas como remédio para emagrecer.  

Meu quarto casamento, Lenita, durou dez anos e tive uma filha. Maria Mariana. Na quarta separação tinha quase cinqüenta, tive poucas namoradas, poucas porém boas. 

Até que há vinte e oito anos atrás, casei com Priscilla, adorável criatura que me acompanha até hoje. E lá pelo oitavo ou décimo ano de casamento, passamos um ano separados. Se eu tinha desarticulado na primeira, nessa ultima desagreguei, quero dizer, sofri muito. Mas sempre produtivamente. Essa experiência resultou num filme, “Separações”.  

Se eu cito esses dados biográficos nesta palestra, é apenas para tentar perceber o que há de comum entre essas cinco malditas porém necessárias passagens. Na verdade quase pode ser dito que todo homem solteiro quer casar assim como todo casado quer ficar solteiro. Não conheço nenhum casal decente que não nutra um sólido desejo de separação. Faz parte de um bom casamento, creio. Afinal, o amor tira a liberdade, sem duvida. O que é inadmissível. E a solidão muita vezes é desagradabilíssima e vazia. Enfim assim vamos todos, amando e desamando, carneirinhos a espera do corte.  

A pergunta que faço hoje em dia a respeito do assunto é sobre a possibilidade de amar, casar e separar sem sofrer. Muito me perguntei sobre o mistério da dor do amor. Para tentar entender a dor do amor existem três indagações sobre o amor, ele mesmo.  

Primeiro. Porque o amor (a paixão) acaba? Infinita enquanto dura, mas não dura. É por esquecimento de si mesmo? Porque sendo explosão, com tempo se atenua? Porque, tendo dado ao amante sua chance de eternizar-se, não tem mais nada a fazer ali? 

A segunda indagação vai mais direto ao ponto: Porque dói tanto quando o amor acaba? Porque é tão triste? Porque é inaceitável? Nenhum raciocínio ou vivência autorizou a crença de sua perenidade? Porque afinal nos dilaceramos? Ah, a dor do amor. É mais que uma angústia. É uma febre, uma desidratação. Poucas coisas são tão tristes quanto o fim de um grande amor. Talvez nem o fim da vida seja tão triste. E o que dói? Onde dói? Dói por não ser mais o que era. Dói por tudo que poderia ser, se ainda fosse, mas não será jamais. Dói a perda da paixão, única moeda cósmica que temos a nossa disposição. Porém, acalmemos. Deve haver um motivo objetivo para tanta dor. Examinemos metodicamente uma a uma as perdas.  

O que se perde quando é perdido um amor? Talvez a moeda cósmica? Não, não deve ser isso. Todos os homens sofrem separações e nem todos se importam com o cosmos.  

A perda do objeto sexual? Também não deve ser isso. Há muitas Marias para cada João.  

Qualquer coisa ligada a ciúme de terceiros? Mas há separações que não envolvem terceiros, nem por isso deixam de ser sofridas.  

Tão pouco são razoáveis as explicações psicológicas, quebra da fantasia, falência de um investimento sentimental ou qualquer coisa desse tipo. Mas também não é isso. Homens maduros, estudiosos, que certamente ultrapassaram esse tipo de acontecimento psicológico também sofrem como cães envenenados.  

Aprofundemos essa espiral.  

Talvez o horror da solidão quando convivemos muito com a pessoa amada, perdemos totalmente a noção de como somos sós no mundo. Nossa íntima alegria ou dor é compartilhada, ganhamos um ouvinte interessado e perder isso, convenhamos, é perder muito.  

Talvez o medo da liberdade, citando Dostoievski, meu caro companheiro desde a adolescência, “Não há nada que o homem deseje mais do que a liberdade, nem nada que lhe seja tão doloroso”.  

Na terceira indagação sobre o amor pergunto se ele é necessário. Na pesquisa da verdade todas as hipóteses devem ser levantadas, mesmo as deselegantes. Existirá mesmo um grande homem só? Não será um homem um animal ou dois? Como intuía os antigos gregos, um ser cuja biológica natureza verdadeira é ser parte de uma unidade maior, chamada casal. Se a função da hipótese é responder paradoxos, esta é a meritosa, posto que pelo menos explica a dor do amor. Dói porque falta uma parte, tanto quanto doeria se nos arrancassem um braço ou um olho.  

Quando escrevi o roteiro do filme “Separações” eu tinha farto material a respeito. Tanto retirado da minha vivência quanto daquela dos amigos, mas não conseguia fechar a história. Somente pude fazê-lo quando lembrei da Kubler Roth e de suas fases pelas quais obrigatoriamente passa um doente terminal. Quando reparei que elas podiam coincidir com as fases do meu herói ridículo num período de separação, o roteiro ficou resolvido. Somente é possível comparar a separação de dois amantes com a morte de um homem. No filme minha ordem é: a Negação (“Não! Não pode ser! É mentira, ela vai voltar. Foi uma briguinha à tôa.”), a Negociação (“Se ela voltar para mim eu paro de fumar, subo os degraus da Penha, nunca mais vou ser galinha”), a Revolta (“Quero te matar, sua puta!”) e a Aceitação, que é quando se arranja outra namorada. Ou então a mulher volta. Observe que tomei certas liberdades com a Kubler Roth. Inverto a ordem, que é: a Negação, a Revolta, a Negociação, a Depressão e a Aceitação. E dou por subentendida a fase da depressão.  

Bem, espero que quem não viu possa ver o filme. É muito engraçado ver aquele homem arrastando-se pelo chão, pagando todos os micos possíveis para recuperar a mulher amada.  

Hoje tenho 72 anos, continuo querendo me separar da Priscilla, e ela de mim naturalmente, posto que somos normais e tenho a impressão que poderíamos fazer isso alegremente sem nenhum ciúme e nenhuma dor. Tenho essa exata impressão e com a mesma convicção que não acredito absolutamente nela. Morro de medo de me separar da Priscilla. Creio, concluindo, que é uma questão genética. Há homens que nasceram para viver sozinhos, e certamente não sou um deles. A verdadeira arte de viver talvez seja tentar ser aquilo que você é. O que evidentemente é muito difícil.

 Me aguardem no meu próximo filme, é uma espécie de continuação de Separações. Acompanhando o casal, até digamos assim, o fim. Titulo: “Inseparáveis”.


http://bravonline.abril.com.br/blog/domingosoliveira/

The year the media died

É...

Deve ser a fase maníaca...

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Inferno astral

Se alguém um dia novamente me falar que 30 dias antes do dia do aniversário começa o inferno astral de uma pessoa eu não poderei fazer nada além de gargalhar.
Tá um frio do caramba em São Paulo e eu vou passar meu aniversário bronzeada. E isso é só o começo. Rá!
Semana que vem vai ter que ter champagne pra comemorar.

Contagem regressiva

Faltam 10 dias pro meu aniversário, no Filial.

Faltam 37 dias pro lançamento do CD novo do Trash Pour 4.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Ainda sobre o mesmo assunto

Segundo o Gregòire Bouillier, autor do “O Convidado Surpresa”, todo mundo tem o direito primordial de amar alguém e de deixar de amar. Mas e quanto ao direito que quem é abandonado tem de sofrer? Essa pessoa precisa aceitar a decisão do outro passivamente ou pode insistir em continuar, e lutar, e tentar reaver o amor perdido? E, caso compreenda a posição do parceiro, deve sofrer em silêncio ou pode proclamar seu estado aos quatro ventos?
Sophie transformou em arte e tornou público o e-mail que recebeu declarando o fim de seu relacionamento. Gregòire pediu (em público, na Flip) que ela se desculpasse. Mas se essa foi a forma que ela encontrou para dar escape ao sofrimento causado por ele, porque deveria pedir perdão? A obra foi encarada como uma vingança, mas pode ter sido o único meio encontrado por ela para aliviar a dor da perda.
O próprio Gregòire diz em seu livro que um escritor escreve para levar os fatos à luz, para tentar compreendê-los (ou algo do tipo). Se dar o e-mail para uma maritaca engolir foi o jeito que Sophie encontrou para iluminar e assimilar o que aconteceu, porque recriminá-la?
A gente não escolhe quem ama e não escolhe quando deixar de amar. Mas também não escolhe sofrer e quando deixar o sofrimento de lado.

terça-feira, 7 de julho de 2009

Mais uma


Só porque amanhã tem show



segunda-feira, 6 de julho de 2009

E isso também é muito bom

Mostra toda a sensibilidade de uma pessoa



Amanhã tem show deles, no The Wall, no Bixiga.

Fiquei com vontade decolocar essa música


Waitin',
watchin' the clock,
it's four o'clock,
it's got to stop,
tell him - take no more,
she practices her speech,
as he opens the door,
she rolls over,
pretends to sleep as he looks her over.
She lies and says she's in love with him.
Can't find a better man.
She dreams in color, she dreams in red.
Can't find a better man.
Can't find a better man.
Can't find a better man.
Ohh...
Talkin' to herself,
there's no one else who needs to know,
she tells herself,
Ohh...
Memories black,
when she was bold, 
and strong,
and waiting,
for the world to come along,
swears she knew it,
now she swears it’s gone.
She lies and says she's in love with him.
Can't find a better man.
She dreams in color, she dreams in red.
Can't find a better man.
She lies and says she still loves him.
Can't find a better man.
She dreams in color, she dreams in red.
Can't find a better man.
Can't find a better man.
Can't find a better man.
Can't find a better man.
Yeah...
She loved him, yeah...
She don't want to leave this way.
She feeds him, yeah...
That's why she'll be back again.
Can't find a better man.
Can't find a better man.
Can't find a better man.
Can't find a better man.
Can't find a better...man...

Eu preciso falar menos

Hoje tive um jantar com as amigas. A ideia era colocar a conversa em dia e todo mundo contar as novidades. Mas no final eu percebi que falei tanto e não fiquei sabendo de quase nada. Não deixei ninguém falar. Acho que preciso ouvir mais e falar menos... É que às vezes eu me empolgo... 

O Convidado Surpresa

"...afinal ela ainda estava desolada e queria que eu a perdoasse e era necessário qu eu compreendesse, era importante para ela e eu compreendia, sempre compreendi tudo, e perdoava, pois nos meus sonhos eu era nobre e magnânimo e não havia muito a dizer nem a fazer."

"Havia muito tempo, porém, eu acreditava ter me recuperado, e quando comprava pão numa padaria não pensava mais sistematicamente nela e muitas outras razões também me faziam crer que eu havia superado, e dado a volta por cima, como se diz, e mesmo voltado à tona como todos quase sempre conseguem, ainda que ao preço de uma irremediável modificação do seu ser e de uma desastrosa trasnformação de si perceptível no canto da boca, nos ombros ou nos cabelos, com mais força no fundo dos olhos, no andar ouno jeito de rir e falar e se comportar em geral e basta olhar ao redor para perceber."

"...e certamente há coisas milagrosas entre os seres que se amaram e eu exultava por dentro, tudo estremecia em mim, e o telefonema dela que me parecera a última das monstruosidades de repente ganhava sentido, o primeiro e o mais assombroso que existe, e há sempre um ponto por onde a realidade nos salva dela própria."

"E então compreendi por que sempre se embrulham os presentes em nossa sociedade: não para produzir o efeito surpresa mas para dissimular que se trata de uma mentira, e essa certeza inevitavelmente nos atravessa o espírito quando recebemos um presente, sim, o abrimos e numa fração de segundos pressentimos a fraude e somos tomados pelo desgosto e a tristeza e procuramos logo sorrir e agradecer para enterrar no mais fundo do nosso ser o dissabor de nunca nos oferecerem nada de inesperado na vida e essa alegria sempre frustrada continua sendo para nós mesmos incompreensível."

"Não compreendi muito bem como a conversa foi parar na descrição do aparelho de discriminação de Lashley, e eu não sabia do que se tratava e ela explicou que pegavam ratos e os condicionavam para se alimentarem numa tina verde ao passo que recebiam um choque elétrico se comessem numa tina vermelha, e os ratos ficavam neuróticos e até aí tudo bem e eu estava de acordo; mas depois tiravam a tina verde e os ratos ficavam apenas com a tina vermelha para se alimentar sabendo que ao se aproximar dela levariam um choque e imagine o conflito, ela me disse com os olhos brilhantes; eu podia imaginar muito bem e os ratos finalmente enlouqueciam: punham-se a girar no próprio eixo durante horas ou tornavam-se violentos e agressivos sem razão aparente ou se batiam contra o vidro até se machucar e ao cabo de alguns dias a maioria acabava não se mexendo mais e permanecia imóvel e prostrada e obnubilada e era possível então fazê-los adotar qualquer pose, mesmo as mais extravagantes e as mais desconfortáveis, sem que esboçassem a menor reação, e esvaziei num trago o resto daminha taça de champagne e disse a ela que na minha opinião já fazia tempo que haviam tirado a tina verde de muitos de nós e talvez até de todos, bastava olhar ao redor as poses inverossímeis e obnubiladas em toda parte e o tempo todo..."

"...e nem uma única vez ela veio na minha direção com a intenção de evocar o passado e muito menos de me pedir perdão quando para mim isso teria bastado, sim, perdão simplesmente, mesmo sem evocar o passado eu teria compreendido, só perdão, tomando talvez minha mão por um breve instante e apertando-a, sim, eu teria me contentado com um simples aperto dos seus dedos e não pedia mais; mas não, a atitude dela permaneceu a mesma e não passava pela nossa história e talvez ela não tivesse encontrado coragem ou o momento ou a vontade ou sei lá o que e isso agora não tinha mais nenhuma importância, era tarde demais e a festa estava no fim."

Gregòire Bouillier

domingo, 5 de julho de 2009

Porque o importante é ser tranquilo e otimista

Orgulhosa

De mim mesma. Acabei de abrir o computador pra consertar o cooler, relembrando os velhos tempos de colégio técnico, quando eu ficav criando historinha com personagens que eram bonequinhos feitos de resistores e capacitores. Mas deu certo.

sábado, 4 de julho de 2009

Em Paraty

Assisti à mesa com Sophie Calle e Gregòire Boullier, que foi bem divertida. Não conegui comprar para a tenda dos autores, estava muito concorrida, mas fui na tenda do telão.
Quando estava na fila, vi os dois chegando. Ela de vermelho e ele de azul, super apressados, como o diabo que foge da cruz. E entraram direto. Eu dei as costas e fingi que não vi.
Fico imaginando o que falaria pra ele se nos cruzássemos. Uma opção seria: "Some da minha frente, te odeio e não quero te ver nunca mais". A outra seria agir civilizadamente, segurando o coração disparado e disfarçando a mão trêmula, e cumprimentar com educação, fazer algum comentário sobre as discussões e me comportar simuladamente de forma natural, como se nada tivesse acontecido. Afinal, como diz o Augusto, é todo mundo adulto. E como Gregòire disse hoje, todo mundo tem o direito primordial de amar alguém e de deixar de amar, de romper um relacionamento.
Vamos ver o que acontece.

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Revolução do sofá

Isso apareceu há alguns dias no twitter, mas é muito bom então resolvi colocar aqui.

http://img22.imageshack.us/img22/8003/forasarney.jpg

Cortesã

"Cruza as pernas bem na minha frente com essa falsa cara de inocente, me come com os olhos mas finge que não quer, o rosto é de menina mas o corpo é de mulher"

A banda que eu adoro com MySpace novo: http://www.myspace.com/sacoderatos