sábado, 4 de julho de 2009

Em Paraty

Assisti à mesa com Sophie Calle e Gregòire Boullier, que foi bem divertida. Não conegui comprar para a tenda dos autores, estava muito concorrida, mas fui na tenda do telão.
Quando estava na fila, vi os dois chegando. Ela de vermelho e ele de azul, super apressados, como o diabo que foge da cruz. E entraram direto. Eu dei as costas e fingi que não vi.
Fico imaginando o que falaria pra ele se nos cruzássemos. Uma opção seria: "Some da minha frente, te odeio e não quero te ver nunca mais". A outra seria agir civilizadamente, segurando o coração disparado e disfarçando a mão trêmula, e cumprimentar com educação, fazer algum comentário sobre as discussões e me comportar simuladamente de forma natural, como se nada tivesse acontecido. Afinal, como diz o Augusto, é todo mundo adulto. E como Gregòire disse hoje, todo mundo tem o direito primordial de amar alguém e de deixar de amar, de romper um relacionamento.
Vamos ver o que acontece.

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