domingo, 5 de abril de 2009

Girls just wanna have fun

Depois de uma semana heavy, tive um final de semana muito divertido, com programas de menininha, almoço com amigos queridos, passeio na Vila Madalena, baladinha com música boa e pessoas legais e um filminho para fechar com chave de ouro.
É engraçado como essas pessoas que criam filmes conseguem fazer a gente se enxergar na tela. Ontem, saí para dançar com uns amigos, entre eles a Rafa, minha amiga do coração, que há quatro anos me acompanha nos melhores e nos piores momentos da vida, a Ju e o Rafinha, amigos dela. O lugar estava lotado (do jeito que eu não gosto), mas o som era legal e conseguimos dançar e nos divertir. No final da noite, presenciei uma cena que vi se repetir hoje no filme Ele não está tão a fim de você. Eu e o Rafinha ficamos assistindo a um casal flertando (que palavrinha!). Ele, como um homem que conhece sua espécie, começou a analisar a linguagem corporal dos dois e conseguia prever, a cada movimento, o que iria acontecer. Com muita paciência, e pela amizade, ficamos esperando o desfecho que, como era esperado, não foi dos melhores. Hoje, vi o Alex (Justin Long) fazendo a mesma coisa com a Gigi (Ginnifer Goodwin), no cinema. 
No bar, também presenciei o seguinte diálogo:
Cara: Você precisa abrir a porteira e deixar o rebanho entrar e não ficar se preocupando só com um cara.
Menina 1: Que rebanho?
Cara: Ah, você é bonita, inteligente, mora sozinha e é solteira. Deve ter um monte de caras atrás de você.
Menina 1: Não tem nada.
Menina 2: É, pra você ver como a situação está difícil.
Uma parte dessa história é mentira. Sempre tem, sim, muita gente interessante e interessada, só que nem sempre com os mesmos objetivos que a gente.
Quem assistir ao filme vai se reconhecer um pouquinho em cada personagem. Porque todo mundo já ficou carente, já deu um fora, já deu um perdido, já ficou em dúvida, já foi traido ou teve vontade de trair, já se sentiu feito de bobo ou não entendeu o que estava sentindo. O problema é que quando a gente tá do outro lado, não consege ver que o outro sente as mesmas coisas que a gente, porque no fundo todo mundo é igual. Pode parecer contraditório, mas é extamente por isso que não existem regras nos relacionamentos. E é por isso que, pelo menos eu acho, o mais importante (além de ser tranquilo e otimista!) é ter muita compreensão. (Essa pode ser uma idéia furada, já que eu também estou sozinha há algum tempo, por vontade própria, ou não.)
Mas, mesmo pautando minha vida por essa ideia meio fracassada, ela deve valer de alguma coisa porque parece que as pessoas confiam nas minhas teorias. Me senti um pouco psicóloga nesse final de semana. Entre sexta e sábado à noite, três caras com quem conversei passaram 70% do tempo me contando sobre seus relacionamentos anteriores que não deram certo. Eu, do alto dos meus 27 anos de experiência e sabedoria, escuto (tentando aprender alguma coisa) e digo o que penso (que a gente tem que tentar se colocar sempre no lugar do outro, que as pessoas têm suas particularidades, apesar de sentirem coisas parecidas, que, ao mesmo tempo, a gente não pode se anular em função do outro, e blá blá blá). Pra mim, isso seria o ideal. Acredito que um dia vai dar certo na prática. Mas também não estou muito preocupada com isso agora. Quer dizer, até estou, mas existem situações que fogem ao nosso controle. Fazer o que, né?
É pra esquecer esse tipo de preocupação que servem os momentos bons que a gente passa com as amigas, seja comendo uma pizza em casa, seja saindo pra dançar, seja indo ao cinema pra ver um filme que sirva de consolo.
Pra fechar o post sobre relacionamentos, deixo duas dicas do Jimmy Fallow, publicadas na revista Glamour de abril:
"Do marry someone you love to be with. "When a game's on TV, I'll invite my wife to join me and my friends. I don't go 'Hey, I need my man time...'"
Don't ever date a guy who uses the term man time."

Ps: O Ben Affleck é um fofo no filme. E o Bradley Cooper é um coitado.

Um comentário:

fichagas disse...

"compreensão" não é teoria furada, não. é a teoria que se aproxima do correto, e por essa razão é a mais difícil de levar.

tb sou do tipo "ouvido psicólogo" e só dou minha opinião quando me pedem muito, pq costumo ser meio direto.

nos últimos dias tenho dito muito que as pessoas procuram errado: almas gêmeas, caras metade e princípes/princesas encantadas são PÉSSIMOS estereótipos. afinal eu não quero ninguém igual a mim (sou chato! rs), não sou uma metade (sou interíssimo! rs) e quando a mágica acaba tudo perde a graça! rsrs

bj