sábado, 26 de julho de 2008

Meus sinceros votos de paz profunda...

Eu não sou das pessoas mais otimistas, acho que já deu pra perceber. Esse negócio de Pollyana, de tentar ver sempre o lado positivo das coisas, mesmo que seja a maior desgraça e eu esteja me afogando na lama, é mais uma atitude conformista do que de otimismo. O que não tem remédio, remediado está...


Mas otimismo mesmo, acreditar que tudo vai ser melhor um dia, isso não. Eu não acredito que as coisas vão melhorar, que a humanidade vai ser mais solidária e igualitária, que a violência vai acabar, que alguém um dia vai pensar mais no próximo do que em si mesmo. A gente ouve todo mundo falando: a violéncia hoje está demais, a fome no mundo está demais, a corrupção hoje está demais. Tudo bem, todas as afirmações estão corretas, a não ser por um detalhe: o tempo presente. 


Gente, a violência, a fome, a corrupção, as guerras, as diferenças sociais SEMPRE existiram, não são de HOJE. É só olhar pra trás, pro século passado, pra Idade Média, pra Grécia Antiga, pra época de Jesus, pras tribos indígenas, pra Idade da Pedra... O homem é individualista por natureza e sempre vai querer puxar a brasa pra sua sardinha. Sim, existe o bem, sim. Todo mundo é solícito, mas só até o ponto em que isso não afete os interesses pessoais.


Por que você acha que o homem se organizou no começo dos tempos para viver em comunidade? Por que queria ser amigo da galera? Dez pessoas juntas se defendem com muito mais facilidade de um animal selvagem, conseguem caçar mais bichos e coletar mais alimentos, conseguem proteger e cuidar melhor dos filhotes. A partir do momento em que essas dez pessoas vêem que outro grupo de dez pessoas começa a caçar os bichos, colher as frutas e procurar as fêmeas (ou os machos...) na área que antes era só delas, começam as guerras. Isso sem contar os conflitos porque um dos membros do grupo guardou a fruta (ou a fêmea) mais bonita e gostosa só pra si.


Quantas milhares de gerações já passaram pela Terra? E você lembra de alguma época em que o homem viveu em perfeita harmonia e paz?


Não quero desanimar ninguém. Quem me conhece sabe que eu não sou uma pessoa mau-humorada e de mal com a vida. Mas temos que encarar os fatos e, já que é assim, relaxa e goza.


Ps.: Esse era pra ser um post positivo, alegre, feliz e lexotanico, a pedidos e para falar da nova revista onde eu comecei a trabalhar, cujo tema é bem-estar e sustentabilidade. Durante o horário de expediente tudo bem, transmito minhas vibrações mais positivas e meus sinceros votos de paz profunda, mas aqui.... nããõooo... eu não consigo, eu não consigo, eu não consigo.... sorry.... pra que apaziguar se a gente pode atormentar?  

2 comentários:

Unknown disse...

Olá Vivian!!

Só gostaria de registrar meus parabéns pelo site.
Sempre que possível visito e me deleito com seus textos.
Parabéns!
Fábio Siqueira Neves (Jubi)

Pollyana Barbarella disse...

Valeu mesmo, Fábio!
Bjs