terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Fernando Pessoa

Ah quanta melancolia!
Quanta, quanta solidão!
Aquela alma, que vazia,
Que sinto inútil e fria
Dentro do meu coração!

Que angústia desesperada!
Que mágoa que sabe a fim!
Se a nau foi abandonada,
E o cego caiu na estrada -
Deixai-os, que é tudo assim.

Sem sossego, sem sossego,
Nenhum momento de meu
Onde for que a alma emprego -
Na estrada morreu o cego
A nau desapareceu.

3 comentários:

Anônimo disse...

Pode me dizer qual o nome do poema? beijos.

Pollyana Barbarella disse...

Nunca descobri....
Beijos

Joao Gabriel disse...

Tb fiquei curioso. O cara é gênio. E o poema é lindo, me identifico. bjs!